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Marketing no agronegócio é tão importante quanto em outros setores                                         24/09/2015 12:30

» Renato Seraphim
Autor: Renato Seraphim
Em tempos de crise, quem tem números positivos é vitrine. E o agronegócio tem uma safra cheia deles. Entender a relação que este setor tem com a qualidade, mesmo que o campo seja mais notado pela quantidade de fibras, alimento e energia renovável, é fundamental para qualquer empresa que quer se aproximar dos agricultores. Marketing no agronegócio talvez tenha algumas lições que sirvam para empresários de qualquer outro ramo. Em primeiro lugar, a relação dos produtores rurais com as indústrias mudou muito nas últimas décadas – e continua mudando. Indo além da lógica oferta-demanda. Hoje, os fabricantes de qualquer insumo têm um papel fundamental em não apenas vender suas tecnologias, mas em também apoiar o desenvolvimento de toda a rede do agronegócio. E isso pode ocorrer tanto pela valorização dos empresários do campo como pela expansão dos negócios em mercados nunca antes explorados. Sendo assim, podemos ajudar nossos clientes produtores de laranja a exportarem suco in natura ou as cooperativas a certificarem a soja oferecida à Ásia.
Na prática, marketing não é apenas a construção de uma campanha de comunicação de marca, mas é um conceito que passa por encontrar a solução para os problemas dos nossos clientes. Ou seja, temos um papel cada vez maior de investigar quais são os novos problemas do “agronegócio moderno” e quais os caminhos para fazer esses clientes se transformarem cada vez mais em geradores de negócios: empregos, renda, desenvolvimento humano e boas práticas de negócios. Este ano, de cenário desafiador para o Brasil, é uma grande oportunidade para pensar em alternativas que nos ajudem a crescer. Muitos de nós, especialmente em um setor aquecido como o agronegócio, esquecemo-nos de como é trabalhar no meio do turbilhão que surgem em uma crise. Mas o que o mercado está trazendo à tona, no fim das contas, é a força de quem soube investir em relacionamento com os clientes, conhecimento de mercado e tecnologia para fazer a diferença.
Na outra ponta, temos um perfil de cliente que está mais acostumado com oscilações de mercado. Especialmente com as mudanças constantes nos preços das commodities, a influência da natureza nos resultados econômicos e pelas diversas exigências ambientais, trabalhistas e de produção dos órgãos regulatórios. No fim das contas, nossos clientes, que estão de Norte a Sul do Brasil, têm sido verdadeiros mestres sobre como se reinventar diante de uma adversidade. Produzir o que o brasileiro come, veste e o combustível que ele usa para ir ao trabalho é um desafio exclusivo dos fortes. E essa jornada tem sido gratificante. Especialmente, porque um dos maiores prazeres é ter a satisfação que o que nós fazemos – e acredito que vem daí a nossa força – tem impacto positivo direto na vida das pessoas. Esse entendimento também é marketing e também é lucro: somos todos consumidores daquilo que ajudamos a florescer no campo.
Seja qual for o perfil deste agricultor, precisamos descobrir suas necessidades, criar uma experiência por meio de serviços e resultados sólidos. Tudo isso também é marketing. E, em um País onde a mudança já faz parte do nosso dia a dia, tudo isso também é muito urgente.
Renato Seraphim é diretor de marketing de clientes da Bayer CropScience
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